MArquE Virtual: Exposição Cascaes no MArquE
Nesta segunda série de postagens teremos o prazer de relembrar a exposição “Cascaes no MArquE”, ocorrida em 2016, que propôs um olhar à obra e ao processo criativo de Franklin Joaquim Cascaes. As próximas postagens não têm por objetivo criar uma exposição virtual, mas fazer memória a esta exposição por meio das falas do próprio Franklin Cascaes acompanhadas por imagens de algumas de suas obras que compõem o acervo do MArquE.
O conceito da exposição “Cascaes no MArquE” foi dar voz ao artista, cujas obras foram apresentadas em uma narrativa construída a partir de seus próprios textos. Com base nesta narrativa, o MArquE apresentou um diálogo estabelecido pelo artista entre as diversas etapas que envolvem sua produção. As obras expostas evidenciam diferentes temáticas retratadas por Cascaes em sua trajetória. A exposição foi, assim, uma grande oportunidade de vivenciar o universo deste importante personagem da cultura catarinense.
Franklin Joaquim Cascaes nasceu em 16 de outubro de 1908, em Itaguaçú, hoje bairro de Florianópolis e, à época, parte do município de São José, Santa Catarina. Manifestou desde cedo interesse pelas histórias e eventos da Ilha de Santa Catarina e arredores, registrando esse universo sob a forma de manuscritos, desenhos e esculturas. Assim se formou o conjunto que hoje se encontra sob guarda do MArquE, após doação em vida pelo próprio artista no ano de 1981, constituindo a coleção que leva o nome de sua esposa, Professora Elizabeth Pavan Cascaes. Cascaes faleceu em 15 de março de 1983.
As esculturas constituem cenografias, totalizando 1.707 peças catalogadas. As obras de arte sobre papel, realizadas com nanquim ou grafite, totalizam 1.179 desenhos tombados em 942 suportes em papel, já que ele tinha o costume de desenhar nos dois lados do papel, além de manuscritos. (GHIZONI, V. R. Conservação de acervos museológicos: estudo sobre as esculturas em argila policromada de Franklin Joaquim Cascaes.Florianópolis: 2011, p.26.)
“Seus desenhos marcam de maneira diferenciada seu processo. É incontestável a necessidade de paralisar o momento, de registrar a imagem da imagem como forma de conservar um momento lógico e próximo ao mesmo tempo. Na representação das cidades, Cascaes faz uma série de críticas, muitas vezes até endereçadas aos responsáveis pelo prejuízo causado a este ou àquele patrimônio.” (GHIZONI, V. R. Conservação de acervos museológicos: estudo sobre as esculturas em argila policromada de Franklin Joaquim Cascaes. Florianópolis: 2011, p.62).
CRÉDITOS
Postagens MArquE Virtual – Cascaes no MArquE
Fotografias
Acervo MArquE
Hans Denis e Karem Kilim
Fernando Crocomo e Laura Moura
Programação Visual
Laboratório SIGMO – Significação da Marca, Informação e Comunicação Organizacional – Luciano de Castro e Eliza Böger Roveda.